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23/07/2025


Um estudo inédito realizado pelo Observatório Ibira 30 e pela Universidade Federal do ABC mostrou que, entre 2014 e 2023, o distrito de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, concentrou mais verbas da Lei Rouanet do que toda a metade periférica da capital paulista. No período, Pinheiros captou R$ 1,2 bilhão — cerca de 17,7% do total arrecadado na cidade —, enquanto os bairros periféricos receberam apenas 1,38% (R$ 83 milhões), apesar de abrigarem mais de 50% da população.


A pesquisa classificou os distritos da cidade em quatro áreas com base na vulnerabilidade social. Todos os dez bairros com maior captação estão na “Área 1”, de alta renda, que concentrou 89% dos recursos da Rouanet, enquanto a “Área 3”, onde estão bairros como Capão Redondo, Parelheiros e Jardim Ângela, recebeu uma fração ínfima dos investimentos. Em alguns distritos periféricos, como Cidade Tiradentes e Jardim Helena, a média por habitante foi inferior a R$ 100 — e em 45 distritos não houve nenhuma captação.



 
 
 
  • 16 de ago.
  • 1 min de leitura
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Marco Miguel

28/07/2025 15h20, atualizado 31/07/2025 16h10


O governo financiou o filme “Ainda Estou Aqui”, do bilionário Walter Salles! Usa bilhões de dinheiro público para artistas ao invés de construir hospitais! Para a direita, nutrida por uma campanha de mentiras que há décadas fustiga a lei, a Rouanet é um mecanismo para a classe artística ficar milionária tentando destruir a família, a moral e os bons costumes. Entretanto, um estudo mostra que a desigualdade de distribuição de recursos é um dos verdadeiros motivos para criticar o incentivo fiscal.



 
 
 
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30/07/2025 09h00


Para cada R$ 10 que chegaram à cidade de São Paulo via Lei Rouanet, R$ 9 ficaram na região central da capital e pouco mais de R$ 0,01 chegou às periferias paulistanas.


Entre 2014 e 2023, foram quase R$ 6 bilhões em recursos captados junto a empresas por projetos aprovados por iniciativas sediadas em São Paulo pela principal política pública do País.


Desse total R$ 5,28 bilhões se concentraram em um raio de até 5 quilômetros da avenida Paulista, em distritos onde vivem apenas 17,21% da população. As regiões periféricas, onde estão 50,67% da população paulistana, ficaram com 1,38% dos recursos, o equivalente a apenas R$ 83 milhões no período de dez anos.


Só Pinheiros abocanhou sozinho R$ 1,2 bilhão, enquanto 21 distritos da capital não receberam nem R$ 1 pela Lei Rouanet. E nenhum projeto foi aprovado em distritos como Marsilac e Parelheiros (Extremo Sul), Iguatemi, Itaim Paulista, Lajeado e São Rafael (Extremo Leste), Jaguará e Perus (Noroeste).


A desigualdade, percebida no dia a dia, é atestada pela pesquisa inédita “Lei Rouanet e a Periferia – Um olhar estratégico para o Orçamento da Cultura e o Investimento Social”. A análise foi divulgada na quarta-feira passada (23/9) pelo Observatório Ibira 30, iniciativa da Associação Bloco do Beco para produzir dados de interesse público a partir do Jardim Ibirapuera, na zona Sul paulistana. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é parceira no levantamento.



 
 
 
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